camPÚS UM

Wednesday, March 01, 2006

Falência

A falência do sistema educativo, do meu ponto de vista, omnipotente e omnipresente, com uns resquícios de uma petulância acutilante e por vezes desagradável, está para breve! A questão com que se prendem e se debatem as instituições, nomeadamente, as do ensino superior, é como podem estas fazer frente à possível e mais que previsível falência. Poder-me-ão interpolar e justificar que enquanto o sistema educativo se apoiar nos alunos e estes não escassearem, tal ocorrência nunca sucederá! Pois o empreendedorismo e o desejo por uma busca insaciável de conhecimento nunca acabarão.

Contudo, não me refiro ao plano material, mas sim à falência de valores morais apoiados numa suposta matriz dos mais elevadíssimos padrões éticos, tal como compete a uma instituição que supostamente deveria servir de exemplo para as gerações futuras que irão sustentar, ou não, o desenvolvimento do País. A maioria dos cargos de chefia são executados de uma forma amadora e desprovidos de qualquer tipo de visão global e linhas de acção que possam mitigar os problemas adjacentes à baixíssima cultura dos portugueses, com consequências directas no nível de produtividade e desenvolvimento do País.

Inerente à falência de valores, vem a falência mental, os níveis de estupidez e a obsessão compulsiva por poder está atingir limites estupidamente absurdos. Resta-me concluir que para bem da nação, e se me permitem o eufemismo, o melhor era que os seus órgãos vitais também entrassem em falência!

Tuesday, November 29, 2005

Qual classe?

Caríssimo Miranda,

Penso que já deverias ter interiorizado, que como aluno de doutoramento, não tens qualquer género de direitos, mas sim, tens uma infindável panóplia de deveres! Estamos perante uma nova classe de escravidão dos tempos modernos, a qual se refugia em subterfúgios muito distantes da jurisprudência dos direitos adquiridos num estado democrático. Sem querer parecer racista, tu és um preto, corrija-se, nós somos uns pretos! Se a nossa cor fosse mensurável, seríamos tão pretos como o próprio universo.
Como sabemos, se dás a mão, eles pedem-te o braço; se dás o braço, pedem-te o outro; entramos assim, numa cadeia de eventos que somente terminará quando te pedirem o rabinho... Penso que já estamos, infelizmente, bem familiarizados com o conceito da vaselina areada!

Concernentemente às instituições que deveriam zelar pelos interesses dos estudantes de doutoramento, não obstante do seu estatuto e obrigações serem divergentes do comum dos alunos, só tenho uma coisa a dizer, e em bom português, é tudo uma cambada de gatunos, ladrões e chupistas! Mais uma vez fica enfatizado que nem perante os nossos pares somos reconhecidos e valorizados. É por isto e por outras, que se te pudessem empalar e colocar um computador na tua frente, de modo a poderes trabalhar 24 horas por dia, não tenhas duvidas que o fariam, não obstante do grande inconveniente que era ter um pau metido pelo cu acima e a sair-te pela boca....

Friday, November 25, 2005

Editorial

O camPÚS UM surgiu da necessidade premente, de um conjunto de indivíduos poderem exprimir, de um modo descomprometido e sem qualquer resquício de coação, as suas preocupações, angustias e ideologias, sobre o ensino superior e a investigação que concomitantemente é efectuada em Portugal.

Os membros deste fórum de discussão, não quererão, de forma alguma, ferir qualquer tipo de susceptibilidades. Contudo, existem diversos temas que, pelas mais variadas razões, designadamente, a escassez de honradez, falta de nobreza de carácter e interesses instituídos, não são sequer mencionados, quanto mais, discutidos nas devidas instituições competentes. Por estas e muitíssimas outras razões, haverá, indubitavelmente, muita boa gente, perdoem-me o eufemismo, que de certo modo ficará muito incomodada!