camPÚS UM

Tuesday, November 29, 2005

Qual classe?

Caríssimo Miranda,

Penso que já deverias ter interiorizado, que como aluno de doutoramento, não tens qualquer género de direitos, mas sim, tens uma infindável panóplia de deveres! Estamos perante uma nova classe de escravidão dos tempos modernos, a qual se refugia em subterfúgios muito distantes da jurisprudência dos direitos adquiridos num estado democrático. Sem querer parecer racista, tu és um preto, corrija-se, nós somos uns pretos! Se a nossa cor fosse mensurável, seríamos tão pretos como o próprio universo.
Como sabemos, se dás a mão, eles pedem-te o braço; se dás o braço, pedem-te o outro; entramos assim, numa cadeia de eventos que somente terminará quando te pedirem o rabinho... Penso que já estamos, infelizmente, bem familiarizados com o conceito da vaselina areada!

Concernentemente às instituições que deveriam zelar pelos interesses dos estudantes de doutoramento, não obstante do seu estatuto e obrigações serem divergentes do comum dos alunos, só tenho uma coisa a dizer, e em bom português, é tudo uma cambada de gatunos, ladrões e chupistas! Mais uma vez fica enfatizado que nem perante os nossos pares somos reconhecidos e valorizados. É por isto e por outras, que se te pudessem empalar e colocar um computador na tua frente, de modo a poderes trabalhar 24 horas por dia, não tenhas duvidas que o fariam, não obstante do grande inconveniente que era ter um pau metido pelo cu acima e a sair-te pela boca....

Friday, November 25, 2005

Editorial

O camPÚS UM surgiu da necessidade premente, de um conjunto de indivíduos poderem exprimir, de um modo descomprometido e sem qualquer resquício de coação, as suas preocupações, angustias e ideologias, sobre o ensino superior e a investigação que concomitantemente é efectuada em Portugal.

Os membros deste fórum de discussão, não quererão, de forma alguma, ferir qualquer tipo de susceptibilidades. Contudo, existem diversos temas que, pelas mais variadas razões, designadamente, a escassez de honradez, falta de nobreza de carácter e interesses instituídos, não são sequer mencionados, quanto mais, discutidos nas devidas instituições competentes. Por estas e muitíssimas outras razões, haverá, indubitavelmente, muita boa gente, perdoem-me o eufemismo, que de certo modo ficará muito incomodada!